quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Momento poético

à esquerda da rio está a felicidade
Lá as águas são mais puras e a cachoeira é suave
à esquerda do rio esquece-se da sofreguidão
pode-se colher samambaias e jasmins
pode-se pescar o mais saboroso peixe
das muitas espécies que há por lá.

à esquerda do rio as aves cantam com mais prazer
é melhor a sonoridade de um tom menor de um sabiá
à esquerda do rio o alvoroço das árvores ao vento
nos servem de relaxamento como em nenhum outro lugar

Estou te dizendo isso porque até agora vivi na margem direita do rio
Só, sem ter por que, solto no redemoinho da vida
Do lado direito do rio tudo é amargo e mal. Tudo é triste.

Haverei de te levar até a outra margem
lá terei teu corpo colado ao meu
teu sorriso abrindo o meu
tua alegria expandindo a minha
teus sonhos envolvendo os meus

e colheremos flores e comeremos frutas
e tomaremos banhos ao lado dos peixes encantados,
e ficaremos olhando a correnteza
e depois nos deitaremos na relva como convém aos amantes
e então eu não serei mais o homem triste de antes

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